ANIMAIS USADOS PARA ENTRETENIMENTO
Animais não nasceram para serem atores ou palhaços de circo. No entanto, milhares desses animais são obrigados a fazer truques bobos e confusos sob a ameaça de punição física.
São separados de suas famílias e amigos – tudo pelo “entretenimento” humano. Muitos desses animais até pagam com suas vidas.
ANIMAIS EM CIRCOS
Elefantes, tigres e outros animais utilizados em circos para divertir o público não saltam através de aros ou equilibram-se em pedestais porque querem. Eles executam esses truques difíceis porque têm medo do que vai acontecer se não o fizerem.
Para forçar os animais a se apresentar, instrutores de circo os golpeiam com chicotes, coleiras apertadas, focinheiras, bastões pontiagudos elétricos, bullhooks (bastões com gancho de aço afiado na extremidade) e outras ferramentas dolorosas típicas do comércio do circo.
Imagens em vídeo de sessões de treinamento mostram elefantes espancados com bullhooks e bastões pontiagudos elétricos. Os circos conseguem ter essa rotina de crueldade porque o governo não monitora sessões de treinamento e os treinadores são cautelosos quando estão sob os olhos do público.
CONFINAMENTO CONSTANTE
Os circos viajam quase durante todo o ano, em todos os climas extremos, às vezes por dias seguidos. Enquanto em trânsito, os animais são confinados em recintos deprimentes a vagões, reboques ou caminhões onde não têm acesso sequer a necessidades básicas como alimentos, água e cuidados veterinários.
Os elefantes são acorrentados e os tigres aprisionados em gaiolas apertadas e imundas nas quais comem, bebem, dormem, defecam e urinam – tudo no mesmo lugar. E não há alívio quando os animais chegam a um local, onde ficam presos e acorrentados em porões e estacionamentos.
PERIGO PARA O PÚBLICO
Frustrados por anos de espancamentos, bullhooks e grilhões, alguns elefantes finalmente explodem. E quando um elefante se rebela, os instrutores não podem se proteger – ou ao público.
Elefantes fogem de circos, correm pelas ruas, caem de edifícios, atacam o público e matam treinadores. Tudo isso porque esses elefantes foram feridos também, e depois ainda são mortos com uma saraivada de balas.
Outros animais como tigres e zebras também tentam escapar quando têm uma oportunidade, correndo pelas ruas da cidade antes de serem recapturados.
CIRCOS SEM ANIMAIS
A demanda pública por circos sem crueldade continua a crescer. Há décadas, tanto pela criação de leis em diversos países, como pela mudança do sentimento do espectador, circos com animais já são vistos como coisa do passado.
Há muitas produções excitantes e inovadoras que deslumbram o público sem atos de animais:
coreografias de danças espetaculares com figurinos deslumbrantes, cabaré Vaudeville, shows de música;
comédia de palhaços atrevidos, performances de artistas de teatro, poesia;
acrobacias de tirar o fôlego, malabarismo, contorcionismo, trapezistas;
magia com interação do público, ilusionistas;
truques de bicicletas aéreas e festivais de voo;
proezas de ginástica, força, resistência, flexibilidade e equilíbrio;
circos de água com espetáculos únicos e fontes brilhantes…
Essas produções mostram que é possível entreter o espectador com produções de qualidade utilizando o talento humano, e não a triste exploração de animais roubados de seu habitat natural.
VOCÊ PODE AJUDAR OS ANIMAIS!
Nunca compareça a um circo que utilize animais, não importando o quão bem tratados os donos afirmem que sejam. Não caia na conversa do dono do circo quando diz que o elefante ou o tigre é como se fosse um filho para ele. No máximo, o animal é uma excelente fonte de renda, permitindo-o viver confortavelmente em família – enquanto o animal foi roubado de sua própria família e é condenado a viver trancafiado numa jaula.
Animais como elefantes, tigres, zebras, leões e outros devem viver na natureza, junto aos seus. Se os animais foram resgatados de maus-tratos ou outra condição parecida, devem ser encaminhados a santuários de animais, onde podem ter uma segunda chance na vida.
O QUE SÃO SANTUÁRIOS DE ANIMAIS?
São refúgios onde animais explorados de todas as espécies vindos das mais diferentes condições, todas muito tristes e abusivas, recebem tratamento digno, contato com a natureza, alimentação adequada, atendimento psicológico e, finalmente, descanso em paz.
Esses animais resgatados, seja por perda de habilibidade física ou transtornos psicológicos causados por anos de maus-tratos e exploração, não podem mais ser reintroduzidos ao seu habitat natural. Então são mantidos por instituições particulares com recursos de empresários, artistas ou pessoas comuns que se importam com eles.
NÃO CONFUNDA SANTUÁRIO COM ZOOLÓGICO!
O propósito de um zoológico é sempre o uso do animal para entretenimento do ser humano. Muitas vezes, animais resgatados de más condições acabam indo parar no zoológico, ficando presos e sem contato com a natureza ou sossego pelo resto de suas vidas, obrigados a sair de suas tocas para se “apresentar”. Muitos vêm de outros países, comprados ou traficados, retirados de sua família, hábitos alimentares e condição climática.
O propósito de um santuário é unicamente o bem-estar do animal resgatado. Ainda que possa haver visitas monitoradas a fim de levantar recursos para manutenção do local, essas jamais influenciarão negativamente na qualidade de vida dos animais moradores.
Os santuários necessitam de recursos regularmente para manter suas atividades, sendo um bom destino para aquele dinheiro que às vezes sobra. Com certeza, traz mais felicidade do que compras fúteis que logo enjoam e nada acrescentam ao nosso crescimento espiritual.
FONTES
- PETA
- União Libertária Animal