Associação Brasileira de Veganismo

Bovinos

A INDÚSTRIA DO LEITE

A maioria das pessoas crescem com o mito da vaca feliz. Graças às centenas de milhões de dólares gastos em publicidade todos os anos, raramente paramos para questionar por que “precisaríamos” do leite de outro animal.

De fato, o consumo de laticínios está tão enraizado como normal e natural em nossa cultura que muitos adultos nem sequer percebem que as vacas não produzem leite espontaneamente. Vacas, como todos os mamíferos, produzem leite somente para alimentar seus bebês. Elas devem dar à luz para tanto.

Para a manutenção desse ciclo rentável, as vacas são inseminadas artificialmente à força, ao menos uma vez por ano através de técnicas invasivas como introdução do braço humano na cavidade uterina da fêmea bovina. Isso significa que os machos são sexualmente estimulados – uma grave violação de sua natureza. Esses inocentes animais são abusados sexualmente.

Em muitos aspectos, as vacas usadas para a produção de leite sofrem mais do que as vacas mortas pela carne. As fêmeas são forçadas a produzir uma quantidade anormal de leite, causando defeitos no organismo como anomalias nas patas e nas mamas, que incham em formato gigantesco e ficam dependuradas como pêndulos.

Durante o processo, essas inofensivas criaturas são presas em máquinas que sugam seu leite mecanicamente.

SEPARAÇÃO SISTEMÁTICA DE MÃES E SEUS FILHOS

O vínculo entre mamãe e bebê é dos mais fortes da natureza. Como as mães humanas, as vacas carregam seus bebês por nove meses antes de dar à luz. Após um longo e doloroso trabalho, seus bezerros são permanentemente retirados deles para que seu leite possa ser usado para consumo humano.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 97% dos bezerros são levados dentro das primeiras horas, nunca mais havendo contato entre mãe e cria; os outros são removidos nos primeiros dias. Há vídeos testemunhando bezerros tentando voltar para suas mães, revelando o sofrimento causado a ambos pela separação forçada.

Na natureza, vacas podem viver mais de 20 anos, mas nas indústrias leiteiras vivem no máximo 5, quando sua produção de leite começa a diminuir, sendo então mandadas para o matadouro.

ISOLAMENTO E CONFINAMENTO

A maioria das vacas leiteiras permanecem confinadas em espaços individuais fechados, presas pelo pescoço, incapazes de realizar os comportamentos naturais mais básicos essenciais ao seu bem-estar.

Algumas fazendas de tratamento “humanitário” permitem que vacas leiteiras vivam em pastagens. No entanto, mesmo em pequenas fazendas ou fazendas leiteiras “humanitárias”, bezerros são tirados de suas mães e enviados para a indústria para ter sua carne vendida como vitela.

As pequenas fêmeas bovinas geralmente passam seus dois primeiros meses de vida confinadas em espaços individuais sem cuidados maternos, sem contato corporal com outros bezerros e sem espaço para brincar ou correr.

LATICÍNIOS = VITELA OU BABY BEEF

A indústria de vitela não existiria sem a indústria de laticínios. O ciclo constante de gravidez e nascimento forçado cria um grande número de bezerros “em excesso”, pois os vitelos masculinos não podem produzir leite e não são a raça preferida para a carne, sendo então vendidos como “baby beef”.

A maioria dos bezerros utilizados para esse fim são confinados presos em caixotes ou gaiolas individuais, não podendo sequer se virar para o lado. Sua ração é líquida e empobrecida nutricionalmente, tornando seus músculos extremamente macios e brancos.

Os bezerros utilizados para a carne de vitela são abatidos de alguns dias de vida a 20 semanas de idade. Aproximadamente 750.000 bezerros são mortos por vitela a cada ano somente nos Estados Unidos.

ANTIBIÓTICOS E HORMÔNIOS

A maioria dos antibióticos em todo o mundo são destinados aos animais que vivem nas indústrias; somados a isso, anabolizantes e hormônios de crescimento, adivinhe quem come tudo isso no final?

Se por um lado, animais confinados recebem absurda quantidade de anabolizantes e antibióticos, por outro lado, animais soltos demandam enorme quantidade de pasto, desmatando áreas da Amazônia e de todo o Brasil, principalmente para exportação de sua carne.

IMPACTO AMBIENTAL E SOCIAL

A alimentação que deveria ser destinada ao ser humano é utilizada na engorda animal. Para cada quilo de carne são necessários 10 quilos de grãos como soja e milho.

Em 2016, Brasil bate recorde e soma 215,2 milhões de cabeças de bois, mais que o número de brasileiros. Pense em todo o impacto ambiental produzido por animais que chegam a pesar 1 tonelada. O excremento produzido acaba indo para oceanos e lençois freáticos, contaminando solos de agricultura, chegando a ocorrer “recalls” de vegetais, uma vez que novas bactérias resistentes crescem já instaladas dentro dos vegetais.

O LEITE DA MÃE É PRÓPRIO DA ESPÉCIE ANIMAL

O LEITE DA MÃE É PRÓPRIO DA ESPÉCIE ANIMAL

Os seres humanos não têm necessidade biológica de consumir leite materno de outros animais. O leite de mamíferos é específico da espécie, significando que o único leite que precisamos consumir vem de nossas próprias mães, e somente quando nós somos bebês.

O leite humano contém exatamente a proporção correta de ácidos graxos, lactose, proteínas e aminoácidos para o desenvolvimento infantil humano, enquanto o leite de vaca contém concentrações de hormônios e proteínas projetadas para transformar um bezerro de 36 kg em uma vaca de 360 kg dentro de um ano.

VOCÊ PODE AJUDAR OS ANIMAIS!

Felizmente, é mais fácil do que você imagina abandonar essa crueldade vinda da indústria leiteira.

Hoje em dia, há inúmeras companhias que se importam com os animais produzindo alternativas à carne animal: hambúrgueres, almôndegas e bifes 100% vegetais prontos para consumo, frescos, congelados ou enlatados, bem comovariedades de deliciosas alternativas vegetais de laticínios, sorvetes, queijos, iogurte e cremes vegetais (em vez de margarina).

Você pode também se alimentar em restaurantes veganos espalhados pelo Brasil e levar comida pronta para casa. Todos esses estabecimentos mostram como é gostoso ser vegano, nutrindo-se com saúde e consciência tranquila.

ATENÇÃO!

  • os animais passam dias sem comer ou beber água ao serem transportados para os matadouros;
  • os animais nas indústrias são reproduzidos artificialmente, isso significa violação de sua natureza, onde as fêmeas são forçadas a serem inseminadas artificialmente e os machos estimulados por seres humanos ou máquinas;
  • não caia no conto da “carne verde”, isso é estória manipulada para o consumidor continuar comprando o mesmo produto sem peso na consciência;
  • não há morte ou exploração sem sofrimento, independentemente do quão bem tratados sejam os animais.

FONTES

  • Vegan Outreach
  • Vegan Bake Sale
  • A carne é fraca, Instituto Nina Rosa
  • “Prato Sujo – Como a Indústria Manipula os Alimentos para Viciar Você”, Márcia Kedouk