CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS
De acordo com o biólogo Sérgio Greif, autor dos livros “Alternativas ao uso de animais vivos na educação” e “A verdadeira face da experimentação animal”, este em coautoria com Thales Tréz, a ciência avançou nos últimos séculos pelo uso de outros métodos que não os testes em animais, pois as respostas obtidas nestes eram, na maioria das vezes, diversas das realizadas em seres humanos, prejudicando pessoas e o avanço da ciência.
A vivissecção mais erra do que acerta. Clioquinol, Eraldin, Opren, Zomax e outros medicamentos foram retirados das farmácias após causarem cegueira, paralisia e morte em humanos, após testados e aprovados em ratos, gatos, cães e coelhos.
Na década de 60, o medicamento Talidomida foi testado em cães, gatos e macacos, sendo após amplamente receitado para mulheres grávidas contra náuseas; seus efeitos foram devastadores: uma geração de crianças com malformação fetal dos membros em todo o mundo.
VOCÊ PODE MUDAR ISSO!
A União Europeia aprovou em 2009 uma legislação que proíbe testes de cosméticos em animais, bem como Índia, Nova Zelândia, Israel e Noruega. Esses países já entenderam a nova mentalidade dos consumidores.
Você pode fazer parte da mudança em qualquer país: compre somente produtos não testados em animais, procurando na embalagem a frase “não testado em animais” ou algum selo de certificação vegana confiável como Vegan Society ou Certificado Vegano.
Aqui no nosso site você pode conferir produtos certificados, que comprovadamente não passaram por teste em animais. Prestigie esses produtos para somar à construção de um mundo melhor!
Em hipótese alguma compre produtos que foram testados em animais!
Empresas que testam em animais: Bic Corporation, Cândida/Q’Boa, Clorox, Colgate Palmolive, Elizabeth Arden, Estee Lauder, Glaxo Smith Kline, Johnson&Johnson, L’Occitane, L’oreal, Mary Kay, Maybelline, Pfizer, Procter&Gamble, Reckitt&Benckiser, ReNu Bausch&Lomb, Schering-Plough, Unilever (lista da PETA), é recomendável NÃO comprar produtos dessas empresas.
TESTES PROIBIDOS NO BRASIL
São Paulo é o primeiro Estado brasileiro a proibir testes em animais.
A Lei 15.316 de 2014, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho, garante a proibição do uso de animais no desenvolvimento de cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal, prevendo multa por animal utilizado, para a instituição e estabelecimento de pesquisa que descumprir a lei, e em caso de reincidência, o valor da multa dobra.
O estabelecimento terá a suspensão temporária do alvará de funcionamento e em casos de reincidência, a suspensão definitiva.
ATENÇÃO ALUNO:
Você não é obrigado a participar de aulas com experimentação animal. Lute por seu direito de OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA!
Troque informações sobre alternativas aos testes em animais com pessoas do mundo todo: www.interniche.org.
Em 2007, Róber Bachinski, estudante de Ciências Biológicas da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, processou a universidade por inconstitucionalidade, conseguindo na Justiça uma liminar que assegurava a ele o direito de não participar de aulas com dissecação de animais, caso inédito no país.
Essa vitória acabou se tornando um precedente no Brasil, onde inúmeros alunos contatam Bachinski para orientação e alternativas. Ele diz que “a grande maioria dos casos se resolve de imediato, sem necessidade de confronto, desgastante para todos os lados.”
Para o doutorando, há resistência por parte de professores e pesquisadores a estas mudanças porque passamos por uma revolução e, como resultado, esses cientistas estão perdendo as bases nas quais estão acostumados a trabalhar.
“Definitivamente, o uso danoso de animais pode ser banido da sala de aula. Isso já ocorre em muitas faculdades no Brasil (como a Faculdade de Medicina da UFRGS, uma das melhores do Brasil, a faculdade de Medicina Veterinária da USP, e outras universidades) e no exterior.
Não há motivos para se matar animais ou utilizar animais como cobaias para aulas práticas. Há diversos simuladores gratuitos produzidos no exterior e alguns produzidos no Brasil (em português), além de técnicas de conservação de cadáveres obtidos eticamente (para ensino e prática de procedimentos básicos, através de cadáveres de animais que morreram em hospitais).”
Róber Bachinski
ANIMAIS NO ESPAÇO
Além de testes laboratoriais, animais são utilizados também em experimentos tecnológicos, como missões espaciais.
Em novembro de 1957, a cadela Laika foi enviada sozinha ao espaço pela União Soviética e morreu poucas horas depois, por desregulação térmica da cabine – provavelmente queimada.
Antes, o macaco Albert I também foi enviado sozinho ao espaço pelos Estados Unidos. Morreu minutos após atingir 63 km de altitude devido à explosão da nave.
Em 1963, a França enviou a gata Félicette, sequestrada da vida livre das ruas para orbitar na gravidade, com eletrodos implantados no crânio. Essa gatinha voltou viva porém seu destino não foi divulgado pelo país – provavelmente devido aos testes cirúrgicos no corpo do animal para observação. No mesmo ano, a França enviou novamente outro gato, que morreu dentro da cápsula espacial.
Estados Unidos, Rússia, União Europeia, China, Pequim, Coreia do Norte, Japão, Índia e outros países competem na batalha espacial. Com tanto conhecimento tecnológico e tantas experiências, ainda hoje em dia há países insistindo em abusar dos indefesos animais: Irã pretende lançar um gato ao espaço em 2020.
“Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos.”
Nina Rosa
SAIBA MAIS
- Livro Vozes do Silêncio – João Epifânio Regis Lima
- Alternativas ao uso de animais vivos na educação – Sérgio Greif
- Não matarás – vídeo do Instituto Nina Rosa
FONTES
- Alternativas ao uso de animais vivos na educação – Sérgio Greif
- PETA
- Instituto Nina Rosa
- Governo de São Paulo
- Revista Mundo Estranho
- Portal Terra